REFLEXÕES SOBRE AVIVAMENTO

Pr Jório Ferreira

Texto Bíblico

“Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós” (Josué 3:5).

Canção de Louvor

Ventos de Avivamento  - CEIZS

O meu coração tem anseio

De ver Tua glória

Enchendo a terra

Como as águas cobrem o mar

De ver se cumprindo na igreja

A promessa que diz

Aquele que crer

Obras ainda maiores fará

 

O muito que nós temos visto

Não passa de gotas

Diante daquilo que podes

E queres fazer

 

Oh! Faz chover, Senhor

Águas que reguem a terra

Que façam brotar as sementes

Dos frutos de um avivamento

 

Oh! Faz chover, Senhor

Atende o Teu povo que clama

Que anseia por ver o Teu braço

Agindo com poder e graça

Em nossa nação

Agindo com poder e graça

Em nossa nação

Texto para reflexão

Um povo avivado é um povo comprometido com a revelação de Deus. Em regra, é a Palavra de Deus que produz o avivamento. Nos dias de Neemias e Esdras, o povo estava distante da lei do Senhor. No entanto, quando o povo de Israel foi reunido em solenidade para festejar na presença do Senhor, Esdras, diante de todo o povo fez a leitura da Lei, e, à medida em que o povo ia ouvindo e entendendo a Palavra, algo novo ia sendo produzido em seus corações. O temor de Deus era visível no meio deles. Eles iam compreendendo a bondade e a misericórdia de Deus e isso provocava neles contrição de espírito, que os conduzia para mais perto do Criador.

O texto de Josué 3:5 nos permite entender que um avivamento precisa ser precedido pela santificação. Deus, para cumprir suas promessas no meio de seu povo, impôs sobre eles uma condição para que suas maravilhas fossem manifestadas. O que Deus intentava fazer exigia que o povo fosse santificado. Aqueles atos de Deus mencionados no contexto de Josué 3, como a passagem dos israelitas pelo rio Jordão em seco e a derrubada dos muros de Jericó anunciavam a presença de Deus no meio de seu povo. E por ser um Deus santo, como poderia realizar aqueles atos no meio de um povo despreparado?

Nos tempos do Antigo Testamento, a idolatria foi o pecado mais combatido no meio do povo de Deus, os israelitas. Josué, no fim de seus dias, reuniu o povo para adverti-los a respeito dos deuses estranhos no meio deles. Então, Josué submete o povo a uma decisão – Josué 24:15, 16.

Não é diferente nos nossos tempos. A idolatria corre solta no meio do povo de Deus, mas pouco se fala sobre ela nos nossos templos, quando muito se critica uma religião que adota imagens como objeto de adoração. Esquecemos que qualquer coisa que tome o lugar de Deus, qualquer coisa que ocupe mais o nosso pensamento do que Deus, qualquer coisa que pareça mais seguro do que Deus, não tem como dizer que não seja idolatria. Será que não é por isso que o avivamento parece estar tão longe de nós?

Jesus nos adverte a buscar o reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar (Mateus 6:33), mas insistimos em fazer do nosso modo, e agindo assim, deixamos Deus em segundo plano ou então deixamos para buscar a Deus somente quando não temos mais forças, O avivamento não acontecerá num coração e no meio de um povo que despreza a Deus.

O maná derramado no deserto para alimentar os hebreus é uma prova incontestável de que Deus cuida de nossas necessidades. Infelizmente, a busca por coisas de menor valor tem nos ocupado de tal modo que não valorizamos as coisas simples que Deus coloca ao nosso dispor, e agindo assim, não encontramos em nossa agenda tempo para adorar o nosso Deus. Corremos muito e ficamos cansados. Não há lugar para avivamento num coração e alma atribulados.

Outro pecado muito combatido no meio do povo de Deus é a murmuração. Apesar de não faltar alimento para o povo de Deus no deserto, os hebreus não se conformavam por não terem na sua mesa carnes, temperos e tantas outras iguarias que eles experimentaram no Egito. Mas o que era o Egito? Não era exatamente o lugar do seu infortúnio?

Por que será que Deus abomina tanto a murmuração? Afinal, nada nos falta. Deus nos deu até seu único filho para que fôssemos redimidos dos nossos pecados. Mas achamos que merecemos mais. E, desenvolvendo esse pensamento, o próximo passo é sentir-se esquecido e injustiçado. Mas o apóstolo Tiago nos diz que somos atraídos pela nossa própria cobiça (Tiago 4:1,2). Rejeitamos o bem que Deus coloca ao nosso dispor para buscar coisas desprovidas de valor real.

Deus não nos dá motivo nenhum para murmurarmos contra ele, pelo contrário, ele continua nos sustentando e nos amando, apesar de nós.

Paulo e Silas estavam presos. Mas eles, em vez de murmurarem, eles cantavam, eles adoravam a Deus. E nós, será que nos falta motivos para nos apresentarmos a Deus com um coração cheio de gratidão?

Paulo dá testemunho de que sabia viver muito bem tanto na abundância como na escassez, Por que será que Paulo era tão desprendido deste mundo? Observando um pouco sua biografia, dá para perceber o quanto Paulo era comprometido com o Reino de Deus. Sem sombra de dúvidas, qualquer pessoa que se lance diante de Deus para obedecê-lo e honrá-lo em detrimento de sua vida pessoal, vai experimentar o verdadeiro avivamento.

Por Gaspar dos Reis Silva 

Questões para reflexão

1) O que é avivamento?

2) Por que precisamos de um avivamento?

2) O que nos falta para sermos avivados?