Paulo defende a justiça de Deus proclamando sua misericórdia, mostrando que aqueles que acusam Deus de cometer injustiça estão errados, uma vez que, quando se trata de salvar pecadores, Deus não se baseia em justiça, mas em misericórdia.

Deus não deve misericórdia a nenhum ser humano. Todos merecemos a Sua ira, pois somos pecadores desde o nosso nascimento. Portanto, ninguém pode reivindicar a misericórdia como direito. Assim, Deus não é injusto quando deixa que alguns recebam a justa recompensa por seus atos.

A escolha de alguns para a vida eterna, inevitavelmente, implica a rejeição de outros. Mas perante Deus nenhum de nós merece coisa alguma, a não ser o juízo. Quer recebamos o que merecíamos ( juízo), quer recebamos o que não merecíamos (misericórdia), em nenhum dos casos Deus é injusto.

Jamais haverá o caso de um indivíduo desejoso de ir a Cristo ser rejeitado por Ele. Aqueles que creem Nele são aceitos pelo Pai. Mas os reprovados por Deus são aqueles que deliberadamente rejeitam a graça. Existe uma hipergraça sendo anunciada em nossos dias, em que o evangelho é pregado sem necessidade de arrependimento e mudança de vida. Mas isso não é graça de Deus. Alguns acreditam no universalismo, que anuncia que o mundo inteiro será salvo. Mas isso também é uma mentira. Deus não nos deve nada. Aqueles que creem no Filho de Deus, em Jesus, esses são os eleitos.

Nas palavras do Rev. Hernandes Dias Lopes “a causa eficiente da salvação é a graça, mas a causa eficiente da condenação é o pecado”. Se Deus endurece alguns, Ele não está sendo injusto, pois é isso que o pecador merece. Se Ele compadece de outros, também não está sendo injusto, mas agindo por sua misericórdia. Perante Deus, nenhum de nós merece coisa alguma, a não ser o juízo, mas Deus é misericordioso e gracioso.

Na maioria das vezes, temos uma imagem distorcida de Deus. Nele não há injustiça, mas em nós sim. Deus não está em julgamento, mas sim a humanidade. Então, se alguns são salvos e outros não, justiça de Deus não é abalada. Todos os atributos de Deus, seja a justiça, a misericórdia ou graça estão em perfeita harmonia dentro do seu caráter absoluto.