É uma alegria enorme receber um presente desejado de quem amamos. O salmista recebeu tanto favor de Deus, que desejou retribuir, mas não sabia como. “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116:12).

É natural aos filhos desejar honrar a seus pais com presentes, em atitude de gratidão. Mas e a Deus, que presente você poderia dar a Ele?

Deus é um pai extremamente amoroso com seus filhos. Porém, apesar dEle expressar um amor muito mais excelente que nossos pais naturais, Ele também corrige a seus filhos: “Eu repreendo e corrijo a todos quantos amo [...]” (Apocalipse 3:19). No entanto, o desejo de Deus é que a nossa obediência a Ele seja espontânea, não por interesse em seus “presentes” ou por medo de sua correção, mas sobretudo por AMOR.

O amor não pode ser parcial. Um noivo não recebe uma noiva com promessa de amor parcial, mas em todas as circunstâncias – na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença etc. O amor não se limita à situação ou à condição. Deus nos ama com amor incondicional. Ele nos amou mesmo quando éramos “filhos da desobediência” (Efésios 2:1-3; Romanos 5:8). Nós, porém, ainda estamos crescendo em amor, e nessa caminhada a confiança tem um lugar indispensável em nossa jornada.

Amamos àqueles em quem confiamos. E tanto o amor como a confiança não pode ser expresso somente em palavras. Trata-se de atitude.

Não se pode amar a Deus somente com palavras (1 João 3:17,18). Jesus relacionou o amor com as obras (João 21:15). Assim, uma das maneiras de demonstrarmos o nosso amor a Deus é obedecendo a seus mandamentos. “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele” (João 14:21). Jesus disse que quem ama a Deus são aqueles que obedecem a seus mandamentos.

O que caracteriza um cristão é a obediência aos ensinos de Cristo. O Apóstolo Paulo se referiu à fé como um ato de obediência (Romanos 1:5; 16:26). No entanto, por que muitos cristãos não refletem essa visão? Professam sua fé em Jesus, conhecem os mandamentos, mas em alguns casos expressam apenas uma obediência parcial ou fingem obediência. A obediência parcial ou aparente é na verdade desobediência.

Alguns cristãos chegam a relativizar a obediência, outros vivem de aparências e ainda de parcialidades. O Rei Saul é um exemplo disso tudo junto. O Senhor deu a ele uma ordem direta, porém ele decidiu obedecer somente a uma parte, demonstrou a sua religiosidade e ainda tentou se justificar, porém, isso custou o seu reinado (1 Samuel 15:1-28).

Deus não espera uma obediência parcial, e sim total. Ele não espera que sejamos fiéis somente em uma parte do tempo, mas sim em todo o tempo!

Muitas pessoas tentam compensar a desobediência em uma situação pela obediência em outra. Como o dizimista infiel que entrega uma oferta em um momento e nega o dízimo em outra. Ou o cristão é totalmente obediente ou ele é desobediente. Não existe obediência parcial. O padrão de Deus é elevado: “Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente” (Tiago 2:10).

Você já imaginou no que faz Deus sorrir? Não são seus cultos, orações, jejuns e celebrações em comunidade que fazem Deus sorrir. Mas, sim, o seu amor total a ele, demonstrado por uma atitude de obediência total. Isso é o que faz Deus sorrir para você.

“Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15:22).