A reflexão de hoje tem como base a pregação do Pr. Ruimar Fonseca, ministrada no Culto da Família desse domingo pela manhã, dando continuidade à série Lidando com as Emoções.

No texto lido, nosso Senhor Jesus nos conta uma parábola conhecida como “O Filho Pródigo”, onde ele representa a disposição do pai em receber o filho perdido de volta em casa, e a atitude do filho perdido em voltar para casa.

Essa parábola de Jesus tem muitas lições para nos ensinar a lidar com as nossas emoções. Vejamos algumas delas:

1.       O perigo da imaturidade emocional. Aquele filho imaturo ainda não sabia como lidar com a herança do pai (leia Gálatas 4:1-2). E a sua imaturidade emocional custou grandes prejuízos a ele. Você conhece alguma criança “birrenta”, que quer as coisas no seu tempo e do seu jeito? Que chora por coisas que naquele momento não podem receber e ter?

2.       O problema da paternidade mal resolvida. O texto não mostra muitos detalhes, mas podemos inferir que em algum momento houve um rompimento emocional entre o filho e o pai. Pois, pedir a herança ao pai vivo era um grande desprezo como desejar a morte do pai. Ele desenvolveu um senso de orfandade existencial, e isso o levou ele para longe do pai. Para ele, seu pai estava atrapalhando viver as emoções e os prazeres que ele pensava não ter em casa.

3.       Decisões erradas perdem a bênção. O desequilíbrio de suas emoções levou este filho a tomar decisões precipitadas. Ele pensava que a bênção de seu pai estava nas “Coisas” que o pai podia dar. Então, ele se apegou ao dinheiro e perdeu a bênção. Perdeu tudo, porque gastou o dinheiro movido pelas emoções e não pela razão.

4.       Decisões erradas perdem a dignidade. Depois de perder tudo, até o seu senso de valor, ele desejou se alimentar até da comida dos porcos que ele cuidava. Ele perdeu a bênção e a dignidade, pois não era mais digno de ser filho daquele pai. As suas emoções descontroladas causaram muitas feridas na alma dele, que agora precisavam ser tratadas e curadas.

5.       A maturidade é sinal de cura das emoções. Depois da experiência amarga de viver longe do pai, ele “Caiu em Si”. Ele sentiu saudade do pai e da casa do pai. Então, ele decide procurar o pai e retorna para casa. Mas observe que a sua decisão de voltar foi precedida de arrependimento. Ele precisou se encontrar (cair em si); ele precisou olhar para dentro e perceber a tolice de suas decisões e os prejuízos que elas trouxeram a ele, para aí tomar a decisão de voltar para casa. Como ele não se achava digno de ser filho, ao encontrar o pai, pediu para ser pelo menos um empregado. Tudo o que ele queria era estar perto do pai. Então o pai, cheio de amor, recebe-o como filho e as suas emoções são curadas.

Depois de desperdiçar a herança com as decisões da imaturidade de suas emoções, este filho aprendeu que para ser feliz ele não precisava de “Coisas”, mas de relacionamento saudável com o Pai. Ele era o filho mais novo, que amadureceu, mas em casa o filho mais velho também precisava amadurecer: mesmo em casa, ele precisava voltar para o pai. A sua bênção é a presença do Pai (leia em casa o Salmos 73 e medite nele). Ele é a minha herança e a minha porção!

Por Pr. Emerson Cardoso